domingo, 10 de maio de 2009

CIRCUNCISÃO

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Fotografia fonte: http://comcamisinha.blogspot.com/2009/03/circuncisao.html


Até ontem, eu pensava que a circuncisão masculina era apenas realizada como um ritual religioso praticado pelo povo judeu ou quando o menino apresentava fimose. Mas, depois que fiquei sabendo de um comentário do Dr. Jairo Bouer a respeito, resolvi conferir e realizei várias pesquisas pela Internet, e acabei por constatar que homens circuncidados possuem algumas vantagens daqueles que não o são.


Descobri, também, que várias fontes confirmam o que me haviam informado. Um estudo realizado durante 2 anos em Uganda e no Quênia mostraram que rapazes/homens circuncidados, apresentaram redução de 48% e 53%, respectivamente, de chances de contrair o HIV. Um estudo semelhante foi realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que descobriram que a circuncisão reduziu o risco de herpes em 25% e diminuiu em ⅓ (um terço) o risco de contrair o papilomavírus humano, ou seja, o HPV.


Vou começar abordando o que é a circuncisão, sua história, o estudo realizado sobre a circuncisão (um deles escrito em português lusitano) e, na seqüência algumas curiosidades sobre o tema. Abaixo vou reproduzir na íntegra os artigos e os vídeos encontrados, juntamente com suas respectivas fontes.


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O que é circuncisão?

3 de Abril de 2009 - Por Tiago José Theisen


A palavra vem do latim e significa “cortar ao redor” (em grego se diz “peritomê” e em hebraico “mulá”). Trata-se de cortar o prepúcio (a pele que cobre o pênis). Para os hebreus, a circuncisão era ato religioso a ser realizado no oitavo dia após o nascimento do menino, como sinal da aliança entre Javé, o Deus de Israel, e o seu povo.


Na antiguidade a circuncisão era prática comum. Os egípcios também a praticavam, bem como povos semitas antigos. Para esses povos, ela tinha várias motivações: em primeiro lugar, era praticada por razões físicas de higiene. Para alguns povos, era uma espécie de sacrifício – oferecer o poder da reprodução aos deuses da fertilidade. Em outras culturas antigas, a circuncisão era a porta de entrada para a vida adulta do rapaz. Circuncidado n início da puberdade, Le estava pronto pra casar e constituir família.


Para os hebreus, todavia, a circuncisão assumiu uma função religiosa sagrada: era a forma externa de dizer que esse povo era o aliado do Deus de Javé. No tempo do Novo Testamento, quando os discípulos de Jesus entraram em contato com os não-judeus, a circuncisão foi motivo de muita polêmica, pois circuncidar-se significava assumir toda a lei e a cultura judaicas (leia o capítulo 15 dos Atos dos Apóstolos; veja também Gálatas 6,11-16).


Fonte: http://paulinos.org.br/novo/blog/?m=20090403


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História:


Circuncisão a tradição do corte

Postado no 03/06/2007 por André


Símbolo da aliança divina para uns, ritual iniciático para outros, essa prática de mais de 5 mil anos tem justificativas religiosas, mitológicas e médicas.


Quando nos referimos aos rituais humanos, não é possível precisar ao certo a data e o local de sua origem. Esse é o caso da circuncisão, intervenção cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. Essa remoção, chamada também exérese do prepúcio ou peritomia (do grego peri, “em torno”, e tomia, “corte”), é realizada atualmente em clínicas com condições de higiene e assepsia.


A circuncisão existe há mais de 5 mil anos. Ela é praticada numa vasta zona que vai da África subsaariana até o Oriente Próximo, incluindo a Pérsia, passando pelo Magreb, a Líbia e o Egito, a Palestina, a Síria, a Arábia e o Iêmen. Os turcos são circuncidados, assim como os muçulmanos da Ásia Menor. Judeus e muçulmanos do mundo inteiro são circuncidados, independentemente de suas convicções religiosas. Hoje em dia, o fator de integração e conformidade com a aparência física supera as crenças religiosas. Contabilizamos mais de 900 milhões de circuncidados no mundo, número que pode passar de um bilhão, se considerarmos a evolução do islamismo nas regiões sub-africanas e no Ocidente. Atualmente, as zonas de extensão da circuncisão são a Europa e os Estados Unidos. Por razões de higiene, a circuncisão ganha terreno, sobretudo, em meio laico.


Embora os historiadores tenham se limitado a conjecturas, sabemos que essa prática – como outras intervenções e marcas corporais – antecede todas as invenções da humanidade e até mesmo o monoteísmo. A Bíblia relata que na época de Abraão a circuncisão já era conhecida e praticada às margens do rio Jordão e na Samaria.


Desde o princípio, essa prática inscreveu-se no registro do simbólico:


“E a aliança que eu faço com vocês e com seus futuros descendentes, e que vocês devem observar, é a seguinte: circuncidem todos os homens. Circuncidem a carne do prepúcio. Este será o sinal da aliança entre mim e vocês. Quando completarem oito dias, todos os meninos de cada geração serão circuncidados; também os escravos nascidos em casa ou comprados de estrangeiros, que não sejam da raça de vocês” (Gênesis 17:10-11).


Com exceção dos hieróglifos, estamos diante do texto mais antigo que trata de uma prática ligada ao órgão genital de mais de um bilhão de homens no mundo. Desde tempos remotos, ela envolveu inúmeros povos da Arábia-Iêmen, Etiópia-Sudão-Egito e Mesopotâmia, que estiveram entre os maiores inovadores de ritos sociais.


Heródoto confirma a antiguidade do costume:


“[...] Os colquidianos, os egípcios e os etíopes são os únicos povos que sempre praticaram a circuncisão. Os fenícios e os sírios da Palestina reconhecem nesse hábito a influência dos egípcios; os sírios que vivem nos vales do Termodon declaram que esse costume foi introduzido em sua comunidade há pouco tempo pelos colquidianos”. E o grande historiador de Halicarnasso conclui: “Egípcios e etíopes, eu não saberia dizer qual dos dois povos foi o primeiro a praticá-lo, pois trata-se de um costume muito antigo” (Histórias, II, 104).


Desde então, a ciência histórica não forneceu muitos dados sobre a prática da circuncisão. Afora o relato da Bíblia citado no início, não dispomos de documentos confiáveis que precisem o local de seu nascimento. “A circuncisão vem dos egípcios, dos árabes ou dos etíopes?”, pergunta-se Voltaire, no século XVIII. E afirma: “Sei apenas que os padres da Antiguidade imprimiam em seus corpos marcas de sua consagração, assim como se marcava com um ferro ardente a mão dos soldados romanos” (Obras completas, tomo VII). Para responder parcialmente ao filósofo, sugerimos algumas pistas. Segundo pesquisas, a circuncisão teria nascido em solo africano e dataria de cinco a sete mil anos. Após sua implantação definitiva no leste do continente africano, ela teria migrado para o norte pelo rio Nilo, graças à dispersão de tribos estabelecidas na região.

Há centenas de anos, a circuncisão teria evoluído no Egito faraônico de forma considerável a ponto de ser “codificada”. Prova disso é a descoberta por arqueólogos de representações de falos circuncidados em uma necrópole de Tebas datando do Novo Império (1500 a.C.). Embora o clero egípcio não seguisse as religiões monoteístas que iriam popularizar a circuncisão, em particular o judaísmo, ele era circuncidado e exigia que os novos adeptos o fossem igualmente. Essa codificação era obra de padres e médicos que seguiam o exemplo dos faraós, os quais conferiam à circuncisão uma indiscutível função iniciática e sacerdotal. Não deveria Pitágoras ser circuncidado antes de ingressar na grande biblioteca de Alexandria para se iniciar nos mistérios órficos? Graças a Titus Flavius Clemens ou Clemente de Alexandria (150-215), sabemos que esses “mistérios” constituíam a base dos ensinamentos de Orfeu, personagem mítico da Trácia antiga, que, além de seu conhecimento científico e mágico, inventou a cítara. Sobre essas diferentes iniciações, Jâmblico (240-325), filósofo neoplatônico, forneceu uma brilhante interpretação em sua obra Os mistérios do Egito. E o historiador fenício Sanconiaton relata, em sua Teogonia fenícia, que Cronos, o primeiro rei desse povo, praticara a circuncisão em seus companheiros e em si mesmo.


Desde então, a circuncisão vem adquirindo importância crucial para aqueles que a praticam. É um ritual que soube agregar em torno de si uma quantidade de significados de alcance universal: religiosos, iniciáticos, profiláticos, estéticos e medicinais.


Entre os hebreus, o mohel ou moël é o responsável pela circuncisão, chamada hatâna. O rabino inicia o ritual com uma bênção para legitimar a exérese do prepúcio, possibilitando a denominação da criança. A circuncisão judaica, além de permitir o acesso à lei divina, representa o sinal da aliança com o povo eleito: “Minha aliança estará marcada na carne de vocês como aliança eterna” (Gênesis 17:10-13).


Durante os dois primeiros séculos da era cristã, uma controvérsia acirrada atravessou a nobreza da Roma antiga. Seria ou não necessário circuncidar os novos cristãos para que fossem totalmente integrados à comunidade cristã? O debate atingia grandes proporções, à medida que os judeus e uma parte dos primeiros cristãos eram habitualmente circuncidados. A questão era ao mesmo tempo dogmática e doutrinal: se a circuncisão fazia parte da identidade coletiva judaica e de sua aliança com Deus, o cristão deveria aceitá-la como símbolo comum, sem perder sua identidade? E também sua alma.


Os apóstolos Pedro e Paulo levantaram a questão da contradição, mas finalmente a concepção paulina triunfou, levando a uma nova orientação do culto. Não era suficiente estar circuncidado na carne, se a alma permanecesse pecadora. Era necessário que o espírito também o estivesse, de modo que observasse escrupulosamente as leis divinas. E o apóstolo acrescenta: “Os verdadeiros circuncidados somos nós que prestamos culto movidos pelo espírito de Deus. Nós colocamos nossa glória em Jesus Cristo e não confiamos na carne” (Filipenses 3:3). Surge assim o batismo, originário do grego baptisma, “conversão do coração”. Desde então, o significado religioso da circuncisão não mudou, apesar da proliferação da circuncisão laica e da perseguição aos judeus durante o nazismo, quando se verificava se os homens eram ou não circuncidados.


No que se refere à circuncisão entre os árabes, desde tempos imemoriais os habitantes da península Arábica, formada por Iêmen, Omã, Iraque e Palestina, praticam a circuncisão em meninos de 13 anos. Sabemos que esse costume originou-se com a circuncisão de Ismael, o antepassado dos árabes, filho do patriarca Abraão, que foi circuncidado aos 13 anos. A Bíblia, contrariamente ao Alcorão, relata esse episódio.


Há dois outros elementos importantes que contribuíram para a aceitação islâmica da circuncisão. Por um lado, o profeta Maomé (570-632) – nascido circuncidado segundo a lenda – nunca a proibira, e, por outro, a circuncisão tornara-se um privilégio matrimonial. Até o início do século XX, os jovens iemenitas de 16 anos deviam ser circuncidados perante suas prometidas, testemunhas da coragem e do estoicismo de seus futuros esposos.


No entanto, cabe enfatizar o propósito, talvez apócrifo, atribuído ao califa Umar (581-644), que dizia: “Maomé foi enviado ao mundo para islamizá-lo e não para circuncidá-lo”. Seja como for, desde a chegada do islamismo e da sua extraordinária propagação, ela atingiu todos os países seguidores do culto de Alá.


Finalmente, servindo de base a todas as razões mencionadas e parecendo legitimá-las, a questão da higiene é recorrente no campo da peritomia. A própria circuncisão muçulmana a encerra em seu nome: tahara (purificação) no Magreb; sounna (tradição) no Sudão e no Egito, khotên na Turquia e na Pérsia e enfim taziinet (embelezamento) na Mauritânia.


Mas se a circuncisão é uma prática “fortemente recomendada”, não é uma condição religiosa stricto sensu do islamismo nem uma prescrição da doxa. Ela é adotada em terra islâmica, inclusive pelos novos convertidos, mas não faz parte das cinco condições exigidas para ser um bom muçulmano: profissão de fé, prece, doação, jejum e peregrinação à Meca.


Já o continente africano contempla dois tipos de circuncisão: a animista – a mais antiga – e a monoteísta, praticada nas regiões islâmicas. Em vários países africanos, a circuncisão – como o uso da barba e, no caso das mulheres, do véu islâmico – é considerada como um elemento de adesão ao culto maometano. Em outros países, como a Etiópia ou o Egito, os coptas – descendentes do povo do Antigo Egito – a praticam por mimetismo social, em vista de sua integração na comunidade circuncidada do entorno. Vários grupos étnicos importantes seguem essa prática: os dogons, os malinkés, os soninkés, os bambaras, os kabiyés do norte do Togo, os iorubás, os bozos, os pigmeus da África equatorial e os mossis. Os etnólogos que abordaram essa questão, com base nos mitos autóctones, apresentam duas explicações quanto à origem da circuncisão africana.


A primeira, de ordem cosmogônica, afirma que a origem da circuncisão encontra-se na criação do mundo como sinal de separação inicial dos indivíduos (supressão da androgenia) e de fixação no sexo ao qual eles pertencem. A segunda, de ordem sociopolítica, está vinculada à transmissão do poder no seio de uma comunidade africana sob domínio de um chefe tradicional. Essas duas grandes razões estão intrinsecamente ligadas à preocupação constante da fecundidade.


Um rito, três justificativas


A circuncisão é justificada por três tipos de discursos. Cada cultura segue aquele que mais se enquadra a suas tradições e costumes.


Mitológica


É aquela aplicada às tribos africanas e aos povos que seguem a circuncisão pré-monoteísta e profana, como ocorre nas ilhas de Vanuatu, na Austrália e ao sudeste da Nova Guiné. Diz uma lenda do arquipélago que um dia um jovem rapaz e sua irmã decidiram ir ao bosque colher frutas. Após terem cortado cachos de bananas, o rapaz descansou ao pé de uma árvore, enquanto a irmã terminava a colheita do dia.


Mas, ao descer da árvore, o machado caiu de sua mão e cortou o prepúcio do irmão. Uma vez curado, o rapaz teve relação sexual com uma moça do vilarejo, que, satisfeita com o desempenho do amante, contou o que ocorrera a suas amigas. Despertou então o desejo de todas elas em dormir com o jovem, causando inveja aos homens da tribo. Curiosos, eles perguntaram a suas companheiras o motivo de tal interesse e elas responderam unânimes: “Só dormiremos com vocês, se estiverem como ele”.


Religiosa


A circuncisão hebraica é o melhor modelo dessa vertente explicativa. De fato, o judaísmo considera a supressão do prepúcio como uma validação ou confirmação da adesão ao dogma. Fala-se, nesse caso, em “sinal de aliança” e “ingresso na Torá”.


Quanto ao cristianismo, a circuncisão não é preconizada, mas sublimada a uma vocação espiritual. Lembremos da linha de demarcação introduzida pela literatura patrística. Filastro de Brescia fala da “circuncisão do coração”, enquanto Tertuliano evoca a “circuncisão espiritual”.


O islamismo não trouxe mudanças importantes ao rito. Para essa religião, a circuncisão implica uma purificação corporal, uma “prova” necessária ao fiel quando passa a freqüentar a mesquita. Dessa forma, sua função espiritual é relegada ao segundo plano. A explicação religiosa da circuncisão resume-se ao conceito de privar o homem de fatores exógenos que possam desviá-lo do caminho espiritual.


Médica


A explicação mais comum para os partidários atuais da circuncisão seria o fator higiênico. Em realidade, essa tese data de Filon de Alexandria (13 a.C. – 54 d.C.), filósofo judeu de origem grega que, em sua obra De circumcisione, chama a atenção para o fato de que a circuncisão garantiria uma maior higiene ao órgão genital masculino, evitando uma série de afecções como sífilis, fimose, herpes, balanopostites, falsa gonorréia, concentração de esmegma.


Nesse sentido, podemos afirmar que a circuncisão é o único tratamento válido para a fimose (estreitamento anormal e doloroso do prepúcio) e a parafimose (estrangulamento da base da glande do pênis por um prepúcio estreito demais). A história relata que após ter passado quatro anos em abstinência sexual por ter contraído fimose, o rei Luís XVI optou pela circuncisão.


Fonte: http://ceticismo.wordpress.com/2007/06/03/circuncisao-a-tradicao-do-corte/2/


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Circuncisão previne herpes e HPV, diz estudo

26/03/2009 - 11:41 - BBC Brasil


Uma pesquisa realizada por cientistas em Uganda e pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugere que a circuncisão pode ajudar a evitar um número maior de doenças sexualmente transmissíveis do que se acreditava antes. O estudo, publicado na revista especializada New England Journal of Medicine, constatou que homens circuncidados têm menos risco de contrair herpes genital ou de serem infectados pelo papilomavírus humano, conhecido como HPV, que pode causar câncer do colo do útero em mulheres e verrugas nos órgãos genitais nos dois sexos.


Já é sabido que a circuncisão reduz drasticamente o risco de infecção pelo vírus HIV.


A pesquisa dos cientistas em Uganda envolveu cerca de 3,5 mil homens e monitorou suas atividades sexuais durante um período de até dois anos.


Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins descobriram que a circuncisão reduziu o risco de herpes em 25% e diminuiu em um terço o risco de contrair o papilomavírus humano.


"Estes novos dados devem levar a uma grande reavaliação do papel da circuncisão masculina não apenas na prevenção do vírus HIV, mas também na prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis", afirmaram Matthew Golden e Judith Wasserheit, da Universidade de Washington, no artigo publicado.


Pesquisas anteriores concluíram que a circuncisão também diminui o risco de infecção pelo HIV, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a incluir o procedimento no seu pacote de recomendações para prevenção e combate à Aids no mundo.


Os números de circuncisões realizadas nos Estados Unidos estão em queda, principalmente entre as populações hispânica e negra, grupos com as mais altas taxas de infecção por HIV, herpes e câncer do colo do útero.


Mas os pesquisadores esperam que os números apresentados no estudo levem a mudança da forma como os serviços de saúde aconselham pacientes e pais na questão da circuncisão.


"Todos os que cuidam da saúde de mulheres grávidas e bebês têm a responsabilidade de garantir que mães e pais saibam que a circuncisão poderá ajudar a proteger seus filhos das três doenças sexualmente transmissíveis mais comuns e mais graves, que atualmente não podem ser curadas", disse Wasserheit.

O câncer do colo do útero é a segunda causa mais comum de morte causada por câncer entre mulheres do mundo todo.


Ainda não se sabe a razão de o prepúcio - a pele ao redor do pênis que é removida na operação de circuncisão - aumentar o risco de infecção por vários vírus.

Mas, pesquisas sugeriram que a umidade no pênis torna o homem mais vulnerável a vírus como o HIV, criando pequenas feridas por onde o vírus pode entrar.

No entanto, Colm O'Mahony, especialista em saúde sexual do Hospital Countess of Chester Foundation Trust, em Chester, Grã-Bretanha, afirma que apresentar a circuncisão como uma solução envia a mensagem errada à população.

"Sugere que mulheres infectam homens inocentes, portanto devemos proteger os homens inocentes. E permite que homens que não querem mudar seu comportamento irresponsável continuem tendo várias parceiras sem nem mesmo usar um preservativo", afirmou.


Keith Alcorn, do serviço de informações britânico sobre HIV NAM, também encara a circuncisão com ceticismo.


"Temos que ter cuidado para não pegar fatos de uma parte do mundo e aplicar sem análise crítica em outras partes. Circuncisão masculina terá pouco impacto no risco de infecção por HIV entre meninos nascidos na Grã-Bretanha, onde o risco que adquirir o vírus em relações heterossexuais é baixo."


"Meninas podem ser vacinadas contra o HPV e protegidas do câncer do colo do útero, e preservativos protegem contra herpes", afirmou.


Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/03/26/circuncisao+previne+herpes+e+hpv+diz+estudo+5087961.html


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Circuncisão pode reduzir para metade infecção com HIV

17/12/2006


A circuncisão masculina pode reduzir para metade a taxa de infecção com o vírus da sida, concluem dois ensaios clínicos envolvendo milhares de pessoas em África, que confirmam os resultados de estudos anteriores.


Os dados são considerados tão importantes e conclusivos que o Instituto Nacional de Saúde norte-americano decidiu antecipar o fim dos ensaios, por considerar inéticos os riscos corridos pelo grupo de homens não-circuncidados que participavam na investigação.


Na prática, os resultados comprovam que os homens circuncidados têm um risco 50 por cento mais baixo de contrair o HIV. E que a circuncisão de rapazes e homens poderá ajudar a evitar milhares de novos contágios e mortes por sida no continente mais flagelado pela doença.


Os estudos foram realizados no Uganda e no Quénia e envolveram oito mil homens heterossexuais. No Quénia, o estudo revelou uma quebra de 53 por cento de novas infecções com o HIV entre os homens sujeitos à operação. No Uganda, a investigação concluiu que houve uma redução de 48 por cento no mesmo grupo.


Os investigadores explicam que a remoção cirúrgica do prepúcio ajuda a reduzir a hipótese de infecção porque a pele que cobre a glande contém células que o vírus conseguirá infectar mais facilmente. Por outro lado, depois da circuncisão, a pele por baixo da glande torna-se menos sensível e menos sujeita a ferimentos que facilitam o contágio.


Já em Julho deste ano dois investigadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), através da revisão de vários estudos, calculavam que `a circuncisão masculina poderia evitar seis milhões de novas infecções e salvar três milhões de pessoas na África subsariana nos próximos 20 anos´.


Em declarações à BBC, o responsável pelo combate à sida na OMS considerava os resultados dos ensaios um `avanço científico significativo´, mas sublinhava que a operação cirúrgica não seria a solução milagrosa nem pode substituir as actuais estratégias de combate à doença. Não se pode passar a mensagem de que os homens ficam protegidos da doença. Este deverá ser `uma forma de actuação importante´ a juntar aos restantes meios de prevenção, defendeu.


IMENSIS - 16.12.2006


Fonte: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/12/circunciso_pode.html


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Sobre o assunto, há um mesmo vídeo do Dr. Jairo Bouer circulando na Internet em 2 sites distintos:


http://uk.truveo.com/Jairo-Bouer-Circuncis%C3%A3o-pode-diminuir-risco-de/id/2117474499


ou


http://video.aol.de/video-detail/jairo-bouer-circunciso-pode-diminuir-risco-de-herpes-e-hpv/2117474499


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Saiba mais


Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos (e femininos também). O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual com o portador do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas. Ela é caracterizada por pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais. As lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento, nos indivíduos imunocompetentes. Os sintomas são ardor, prurido, formigamento e gânglios inflamados podem anteceder a erupção cutânea. As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Depois, essas pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam casca, cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece quiescente até a recidiva seguinte. O tratamento é feito à base de aciclovir, um medicamento que necessita da ação do vírus para destruí-lo ou impedir que mantenha sua cadeia de replicação.


HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer). A transmissão se dá predominantemente por via sexual. Nos órgãos genitais masculinos, as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. O vírus pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.


Fonte: http://www.hdehomem.com/2009/03/circuncisao-pode-previnir-herpes-hpv-e.html


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Curiosidades:


Clamp Mogen e analgesia combinada causam menos dor na circuncisão


Em estudo publicado na Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, junho de 2000, pesquisadores do Hospital for Sick Children, em Toronto, Ontario, relatam que o uso do clamp Mogen e da analgesia combinada é melhor que o uso do clamp Gomco e de lidocaína-prilocaína.

O estudo, liderado por Dr. Anna Taddio, avaliou dois grupos de crianças submetidas à circuncisão. O grupo 1 consistiu de 57 crianças circuncisadas com clamp Mogen e analgesia combinada e o grupo 2, de 29 crianças circuncisadas com clamp Gomco e lidocaína-prilocaína. As crianças do primeiro grupo eram mais velhas que as do segundo.


Os autores observaram que o procedimento foi muito mais rápido nas crianças do grupo 1, 55 segundos contra 577 segundos. Além disso, os escores de mímica facial e de tempo de choro, gravados em vídeo, foram significativamente menores no grupo 1. Em específico, as crianças do grupo 1 passaram 18% do tempo chorando, contra 40% do grupo 2.


Também foi observado que as crianças do grupo 1 não apresentaram quaisquer efeitos adversos, enquanto uma criança do grupo 2 apresentou infecção cutânea local.


Os autores comentam que, uma vez que a circuncisão tenha que ser realizada, que isto ocorra da forma menos dolorosa possível. O artigo revela que a circuncisão com clamp Mogen e analgesia combinada é segura, além de minimizar a dor do procedimento.


Fonte: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?LangType=1046&menu_id=49&id=2661


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Outra curiosidade está na edição online da revista Veja, datada de 08 de outubro de 2008, na qual afirma que a circuncisão não protege contra contágio de HIV entre os homossexuais. A saber:


Ciência e saúde

AIDS - Circuncisão não protege contra contágio entre gays

8 de outubro de 2008


Diferentes estudos já haviam indicado que a circuncisão pode diminuir em cerca de 50% as chances de um homem contrair HIV de uma mulher. No entanto, uma nova pesquisa, realizada com mais de 50.000 pessoas, sugere que a retirada do prepúcio pode não ser tão eficaz na prevenção contra a Aids quando se trata de relações homossexuais.


A circuncisão foi colocada em xeque após uma análise de 15 pesquisas entre voluntários nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Índia, Taiwan, Peru e Holanda. No total, foram envolvidos 53.567 homens gays e bissexuais, dos quais 52% eram circuncidados. De acordo com os resultados, os circuncidados são 14% menos suscetíveis a contrair o vírus HIV. O índice, no entanto, não foi considerado "estatisticamente significativo".


As conclusões foram elaboradas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e reveladas nesta quarta-feira pela publicação Journal of the American Medical Association. Para Gregório Milllet, que liderou as pesquisas, a explicação pode ser simples: "É claro que se a relação é passiva, ser circuncidado não irá proteger a pessoa de contrair o HIV", analisou o pesquisador, em entrevista à agência de notícias Reuters.


Os cientistas ressaltaram ainda que mais estudos precisam ser feitos para reforçar as conclusões.


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/circuncisao-nao-protege-contagio-gays-351787.shtml


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Espero ter dado minha pequena parcela de contribuição sobre o assunto. Aguardo comentários. Assinem o RSS para receberem atualizações em seus e-mails.


Um beijo/abraço a tod@s!!!


“AMEM OS ANIMAIS, POIS ELES NOS AMAM” – by Gabuth

4 comentários:

  1. Como Jornalista e amigo... posso afirmar que ficou muito bem estruturado!!!

    Parabéns amigo!!!

    =)

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  2. Obrigado Rafa! =D

    Meu melhor amigo jornaleiro.. =P
    hehehehe

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  3. eu pessoalmente achei interesante porq tinha duvidas sobre o assunto, realmente ficou bem escrito
    boa semana

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  4. eu achei interesante porq tinha duvidas sobre o assunto, realmente ficou bem escrito
    boa semana

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